O relato de Gênesis nos conta que Abraão ouviu que havia tido uma discussão entre os seus pastores e os do seu sobrinho Ló. Abraão tomou a iniciativa de se dirigir a Ló e de dizer: “Por favor, não continue qualquer altercação entre mim e ti, e entre os meus pastores e os teus pastores, pois nós homens somos irmãos.” Abraão estava decidido a não permitir que um conflito prejudicasse o relacionamento entre eles. A que custo? Ele estava pronto para sacrificar o privilégio de escolha que tinha como homem mais idoso; estava preparado para renunciar a algo.
Abraão permitiu que Ló escolhesse aonde queria levar sua família e seus rebanhos. Subseqüentemente, Ló escolheu para si a região verdejante de Sodoma e Gomorra. Abraão e Ló separaram-se em paz. — Gênesis 13:5-12.Para mantermos pacífico o nosso relacionamento com outros, será que estamos preparados a agir segundo o espírito que Abraão mostrou ter? Este episódio bíblico nos fornece um belo modelo a ser imitado para resolver divergências. Abraão rogou: “Não continue qualquer altercação.” Abraão tinha o genuíno desejo de conseguir uma solução amigável.
Tal convite para manterem um relacionamento pacífico entre si certamente ajudaria a desfazer qualquer mal-entendido. Abraão concluiu então com a expressão “pois nós homens somos irmãos”. Por que sacrificar uma relação tão preciosa por causa duma preferência pessoal ou por orgulho? Abraão manteve bem em foco o que era mais importante. Fez isso com auto-estima e honra, ao mesmo tempo dignificando seu sobrinho.
Embora possam surgir situações que talvez requeiram a intervenção de outros para resolver a divergência, quanto melhor é quando o assunto pode ser resolvido em particular! Jesus incentiva-nos a tomar a iniciativa de fazer as pazes com nosso irmão, pedindo desculpas se for necessário. (Mateus 5:23, 24) Isso exigirá humildade, mas Pedro escreveu: “Cingi-vos de humildade mental uns para com os outros, porque Deus se opõe aos soberbos, mas dá benignidade imerecida aos humildes.” (1 Pedro 5:5) A maneira de nos comportarmos certamente afeta a esses e a outros na congregação. Este é um bom motivo para refletirmos cuidadosamente na nossa escolha de diversões, passatempos, atividades sociais ou emprego, levando em consideração como outros possam encarar-nos. Poderiam algumas das nossas ações ou palavras ser mal-entendidas e assim fazer outros tropeçar?O apóstolo Paulo nos lembra: “Todas as coisas são lícitas; mas nem todas as coisas são vantajosas. Todas as coisas são lícitas; mas nem todas as coisas edificam.
Que cada um persista em buscar, não a sua própria vantagem, mas a da outra pessoa.” (1 Coríntios 10:23, 24) Por sermos cristãos, preocupamo-nos genuinamente em edificar o amor e a união da fraternidade cristã. — Salmo 133:1; João 13:34, 35.Palavras podem ter um forte efeito a favor do bem. “Declarações afáveis são um favo de mel, doces para a alma e uma cura para os ossos.” (Provérbios 16:24) A narrativa de como Gideão evitou um possível conflito com os efraimitas ilustra a verdade deste provérbio.Gideão, profundamente envolvido numa batalha contra Midiã, pediu que a tribo de Efraim ajudasse. Mas, depois de acabada a batalha, Efraim voltou-se contra Gideão e queixou-se amargamente de que não fora convocada no começo da luta. O registro declara que “tentaram veementemente altercar com ele”.
Gideão disse em resposta: “O que fiz eu em comparação convosco? Não são as rebuscas de Efraim melhores do que a vindima de Abiezer? Foi na vossa mão que Deus deu os príncipes de Midiã, Orebe e Zeebe, e o que pude eu fazer em comparação convosco?” (Juízes 8:1-3) Por meio destas palavras calmas, bem escolhidas, Gideão evitou o que poderia ter sido uma desastrosa guerra entre tribos. O problema dos da tribo de Efraim talvez fosse seu convencimento e seu orgulho. Mas, isso não impediu que Gideão se esforçasse a conseguir um resultado pacífico. Podemos nós agir do mesmo modo?
Outros talvez fiquem irados conosco e isso pode causar hostilidade.Reconheçamos os sentimentos deles e esforcemo-nos a entender os seus pontos de vista. Será que nós, de alguma forma, contribuímos para causar os sentimentos deles? Neste caso, por que não admitir que tivemos parte em criar a dificuldade e expressar que lamentamos ter agravado o problema. Algumas palavras bem escolhidas podem restabelecer o relacionamento prejudicado. (Tiago 3:4)
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